Betty Jane Meggers

(05/12/1921 - 04/07/2012)

Com Clifford Evans às margens do Rio Anajas em 1949.
Com Clifford Evans às margens do Rio Anajas em 1949.
Betty Meggers é considerada uma das mães da Arqueologia Brasileira por suas pesquisas pioneiras na Amazônia, a execução do primeiro Programa Nacional de Pesquisas Arqueológicas (PRONAPA), cobrindo os estados litorâneos do Brasil, e do novo Programa Nacional de Pesquisas Arqueológicas na Bacia Amazônica (PRONAPABA), cobrindo os afluentes do Rio Amazonas. Ela é conhecida pelo generoso apoio que dava a arqueólogos brasileiros e latino-americanos, que se propunham a realizar pesquisa arqueológica, proporcionando bibliografia, datações de C14, oportunidades de encontros e publicações.
A foto da homenagem mostra seu trabalho, junto com o marido Clifford Evans, na beira do rio Anajás, em 1949.
Desde a adolescência ela mostrou interesse em Arqueologia, colaborando como voluntária na Smithsonian Institution

Betty Meggers era uma pesquisadora de grande visão e força, dirigia seus projetos com vigor e rigor, mas tratava seus colaboradores e parceiros com muita liberdade; deixou inúmeras publicações, defendeu teses importantes, relacionava-se com muita gente. Sua presença nunca passava despercebida. Recebeu numerosos prêmios e títulos nos países em que trabalhou, ou cujos pesquisadores apoiou: Brasil, Argentina, Chile, Bolívia, Peru, Ecuador, Colômbia, Venezuela, México, especialmente os Estados Unidos.

Quem escreve esta homenagem não participou de nenhum de seus projetos, mas sempre teve seu apoio, sem restrição de autonomia, como de uma madrinha, que proporcionava bibliografia, datações, estágios e ligação com outros pesquisadores. Era o que se precisava nos primeiros passos da Arqueologia Brasileira e ela fazia questão de oferecer.

Pedro Ignácio Schmitz

Betty Jane Maggers