PESQUISAS
ANTROPOLOGIA Nº 73 | ANO 2017 |
APRESENTAÇÃO
A revista Pesquisas, Antropologia, com este número 73, deixa de ser impressa em papel, tornando-se disponível só em formato digital, o que possibilita ilustração colorida e mais variada. Os interesses e a formatação continuam os mesmos.
O presente número apresenta um conjunto de artigos que tratam de populações do tronco linguístico Tupi, a maior parte nascida de comunicações feitas na III Jornada de Atualização em Arqueologia tupi-guarani, realizado na UFPEL, na cidade de Pelotas, em 2016, sob a coordenação de Daniel Loponte, Jairo Henrique Rogge e Miriam Carbonera.
Na disposição desses artigos foi dada prioridade às contribuições de pesquisadores de fala española, artigos que são claramente complementares entre si e produzem um quadro compacto da arqueología do grupo na região: distribuição, antiguidade e nicho na floresta de Misiones; pigmentos da cerámica Tupiguarani; tecnología lítica; tecnología óssea; conexão social do grupo durante o holoceno tardio na paisagem arqueológica do litoral oriental do baixo río Uruguai; e comparação de registros de cerâmica tupiguaraní na Argentina.
As contribuições de pesquisadores de lingua portuguesa são variadas e independentes; tratam de questões de cronologia, variabilidade e transmissão cultural entre a zona da mata de Minas Gerais e Araruama no Rio de Janeiro; de contextos funerários das bacias dos rios Paranapanema e alto Paraná e sua relação com grupos de línguas tupi-guarani no estado de São Paulo; dos sepultamentos tupi a partir da bibliografía produzida pelos arqueólogos; de plumária, peles, lascas e cerume de abelha de povos Xetá e seu diálogo com a arqueologia guarani; de uma proposta de pesquisa sobre a ocupação guarani do vale do rio dos Sinos; e, ainda, do relato de missionários jesuitas sobre os índios carijós do litoral meridional do Brasil, como instrumento para entender os sítios arqueológicos do mencionado vale.
A pesar de a arqueología das populações Tupi ser antiga e muito conhecida, os trabalhos publicados representam contribuições valiosas e não meras repetições de assuntos já muito explorados.
O último artigo trata de populações do tronco linguístico Jê e complementa conhecimentos divulgados em números anteriores da revista. Ele disponibiliza os resultados da pesquisa de 2017, o nono ano de atividades em São José do Cerrito, no Planalto de Santa Catarina, Brasil, onde a equipe de arqueología do Instituto Anchietano de Pesquisas conseguiu produzir um rico quadro da cultura e da história de um grupo indígena, que são prováveis antepassados de índios Xokleng do período colonial.
Boa leitura.
O Editor
VOLUME COMPLETO |
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Capa, Indíce e Apresentação |
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DISTRIBUTION, ANTIQUITY AND NICHE OF PRE-COLUMBIAN GUARANÍ AMAZONIAN HORTICULTURALISTS IN THE MISIONES RAINFOREST, ARGENTINA
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PIGMENTOS DE LA ALFARERÍA TUPIGUARANÍ: ANÁLISIS FÍSICO-QUÍMICO MEB-EDX.
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LA TECNOLOGÍA LÍTICA DE GRUPOS GUARANÍES PREHISPÁNICOS EN LA CUENCA INFERIOR DEL RÍO PARANÁ.
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TECNOLOGÍA ÓSEA EN LA UNIDAD ARQUEOLÓGICA GUARANÍ.
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CONECTIVIDAD SOCIAL DURANTE EL HOLOCENO TARDIO EN EL PAISAJE ARQUEOLÓGICO DEL LITORAL ORIENTAL DEL BAJO RÍO URUGUAY.
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COMPARANDO REGISTROS DE ALFARERÍA TUPIGUARANÍ EN ARGENTINA
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ENTRE O LITORAL E O INTERIOR: QUESTÕES DE CRONOLOGIA, VARIABILIDADE E TRANSMISSÃO CULTURAL
ENTRE A ZONA DA MATA DE MINAS GERAIS E ARARUAMA NO RIO DE JANEIRO.
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GRUPOS DE LÍNGUAS TUPI-GUARANI NO ESTADO DE SÃO PAULO: ANÁLISE DE CONTEXTOS FUNERÁRIOS DAS BACIAS DOS RIOS PARANAPANEMA E ALTO PARANÁ.
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OS SEPULTAMENTOS TUPI A PARTIR DAS FONTES BIBLIOGRÁFICAS PRODUZIDAS PELA ARQUEOLOGIA.
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PLUMÁRIA, PELES, LASCAS E CERUME DE ABELHA: DIÁLOGOS ENTRE ARQUEOLOGIA GUARANI E POVOS XETÁ.
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A OCUPAÇÃO GUARANI DO VALE DO RIO DOS SINOS. UMA PROPOSTA DE PESQUISA.
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OS CARIJÓS DO LITORAL MERIDIONAL DO BRASIL. UM ESPELHO PARA OS SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS.
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UM OLHAR PARA AS ESTRUTURAS DE ASSENTAMENTO JÊ NO PLANALTO CATARINENSE. A PESQUISA DE 2017.
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