ISSN: 2594-5645

PESQUISAS


ANTROPOLGIA Nº 76 ANO 2021

Apresentação

Pesquisas, Antropologia 76 (2021) apresenta cinco trabalhos: dois resultaram de trabalhos acadêmicos, sendo um de tese de doutorado, outro de dissertação de mestrado; dois vêm de arqueologia preventiva, o último de Antropologia indígena. Os quatro primeiros referem-se predominantemente a sítios costeiros do Atlântico Sul, o quinto é de indígenas do Mato Grosso.

O trabalho de Natália Machado Mergen, Os pilares da arqueologia sul-rio-grandense (1870-1958) mostra como eram as incursões individuais na arqueologia do Rio Grande do Sul feitas por intelectuais de diversa formação, origem e profissão, e os problemas, métodos e conceitos com que trabalhavam. Ele já não chega aos trabalhos do PRONAPA (Programa Nacional de Pesquisas Arqueológicas), 1965-1970, coordenado por Betty J. Meggers e Clifford Evans, nem ao programa de amostragem das culturas indígenas sul brasileiras do Instituto Anchietano de Pesquisas, 1965-1972, coordenado por Pedro Ignácio Schmitz. Ambos tinham enfoque histórico-cultural e tendência neo-evolucionista e produziram importante documentação e acervo.

Depois do período abordado por Mergen se intensificaram os estudos costeiros, especialmente com os denominados sambaquis e surgiram problemas específicos. Suliano Ferrasso, em seu trabalho Análise dos remanescentes de pinípedes (Carnivora - Otariidae) em sítios arqueológicos da planície costeira do Rio Grande do Sul, Sul do Brasil, aborda este aspecto.

Embora o número e tamanho dos sambaquis na planície costeira do Sul de Santa Catarina chame muita atenção, havia também considerável ocupação ceramista Tupiguarani. Raul Viana e outros, em Apontamentos sobre a ocupação guarani no Litoral Sul de Santa Catarina: o caso do sítio arqueológico baixo rio d’Una 1, estuda um desses sítios e discute a ocupação local do grupo.

Na planície costeira meridional não havia somente sambaquis e populações ceramistas Tupiguarani. Havia também caçadores, como mostra Marco Aurélio Nadal De Masi em Ocupação do Litoral Norte de Santa Catarina por grupos de caçadores coletores do Holoceno Inicial.

Por último, Aloir Pacini, com A volta dos Tapayunas (Kajkwakratxi) retorna a uma temática muito presente em números iniciais de Pesquisas, Antropologia, que são os indígenas do Mato Grosso do território da antiga Missão de Diamantino, ou Missão Anchieta.

O Editor


TEXTO INTEGRAL
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OS PILARES DA ARQUEOLOGIA SUL-RIO-GRANDENSE (1870-1958).
Natália Machado Mergen
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ANÁLISE DOS REMANESCENTES DE PINÍPEDES (CARNIVORA - OTARIIDAE) EM SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS DA PLANÍCIE COSTEIRA DO RIO GRANDE DO SUL, BRASIL.
Suliano Ferrasso, Larissa Rosa de Oliveira, Pedro Ignácio Schmitz, Pedro Volkmer de Castilho & Cézar Jaeger Drehmer
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APONTAMENTOS SOBRE A OCUPAÇÃO GUARANI NO LITORAL SUL DE SANTA CATARINA: O CASO DO SÍTIO ARQUEOLÓGICO BAIXO RIO D’UNA 1.
Raul Viana Novasco, Alessandro De Bona Mello, Jedson Francisco Cerezer, Valdir Luiz Schwengber, Lindomar Mafioletti Júnior, Thiago Vieira Torquato & Josiel dos Santos.
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OCUPAÇÃO DO LITORAL NORTE DE SANTA CATARINA POR GRUPOS DE CAÇADORES COLETORES DO HOLOCENO INICIAL.
Marco Aurélio Nadal De Masi, Ph.D.
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A VOLTA DOS TAPAYUNAS (KAJKWAKRATXI).
Aloir Pacini
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