Zooarqueologia no Instituto Anchietano de Pesquisas/UNISINOS

O Instituto Anchietano de Pesquisas possui uma longa história em estudos arqueológicos, cujo objetivo é uma amostragem das culturas indígenas do Brasil. Os estudos desenvolvidos cobriram os estados de Rio Grande do Sul e Santa Catarina, em ambiente subtropical e os estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso do Sul e Bahia, em ambiente de Cerrado tropical.

O enfoque teórico se deu sob a perspectiva da História Cultural, segundo um modelo norte-americano, destacando a localização dos sítios, sua distribuição geográfica, implantação no ambiente, estrutura, tecnologia e cronologia. Quando se recuperavam remanescentes ósseos humanos ou remanescentes faunísticos eles eram estudados pelos biólogos da instituição, ou por alunos sob sua orientação.

No Instituto, os estudos sob a perspectiva zooarqueológica iniciaram em meados de 1970 e desde o início se relacionaram com os projetos arqueológicos desenvolvidos pela instituição. O primeiro, desenvolvido pelo Dr. Pedro Ignácio Schmitz e que resultou em sua tese, intitulada ‘Sítios de Pesca Lacustre em Rio Grande, RS, Brasil’, é de 1976 e traz um aporte considerável de elementos de Zooarqueologia.

As pesquisas continuaram sendo desenvolvidas por diversos pesquisadores, colaboradores e bolsistas, que tiveram atuação no laboratório de Zooarqueologia e geraram expressivo conhecimento sobre o relacionamento homem-fauna, bem como uma notável Coleção Zoológica de Referência.

Os biólogos que atuaram de forma mais continuada na Instituição foram, sucessivamente, Biol. Maria Helena Abrahão Schorr, Msc. André Luiz Jacobus, Msc. André Osorio Rosa. Atualmente o Msc. Suliano Ferrasso atua junto ao laboratório, cujo objetivo é trabalhar na continuidade das pesquisas, buscando compreender diversos aspectos relacionados à alimentação na Pré-História.

Nos trabalhos feitos pela equipe da instituição foram resgatadas pequenas amostras de remanescentes ósseos humanos(ver catálogo), que foram estudados junto com outras coleções diretamente ligadas a estas pesquisas. Nesses trabalhos atuaram as alunas de biologia e história Fabiana Haubert, Maria Luiza Belissimo Krever, Cláucia Brentano, Luciane Zanenga Scherer, Camila Sandrin, Juliane Maria Izidro, Angela Maria Löf.

Os remanescentes faunísticos recuperados foram mais abundantes em vários ambientes, e atualmente estão depositados no Acervo de Arqueologia da instituição e constam em seu catálogo(ver catálogo). Para a análise e estudo dos remanescentes zooarqueológicos existe um Laboratório de Zooarqueologia, com uma considerável Coleção de Referência. Este foi o setor mais desenvolvido pelos pesquisadores, com o auxílio dos alunos de biologia e história: Marta Gazzaneo, Graciele Otilia Silva da Silva, Ellen Augusta Valer de Freitas, Paulo Ricardo de Oliveira Roth, Kelly de Oliveira e Veridiana Tamiozzo.

As pesquisas continuaram sendo desenvolvidas por diversos pesquisadores, colaboradores e bolsistas, que tiveram atuação no laboratório de Zooarqueologia e geraram expressivo conhecimento sobre o relacionamento homem-fauna. Bem como uma notável coleção zoológica de referência, sendo uma das mais expressivas no Brasil para esta linha de pesquisa.